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20 janeiro, 2011

Planta da Amazônia é arma poderosa contra poluição

Aguapé não é praga. Além de ser muito útil em lagos de jardins, essa planta pode ser usada por pequenos agricultores como fonte de energia, combustível e fertilizante. Sobram estudos e falta determinação, constata-se na análise do trabalho persistente feito na internet pelo fiscal agropecuário do Ministério da Agricultura e bacharel em química, Missao Tanizaki, de Brasília.
Originária do Brasil, a Eichornia crassipes – seu nome científico – foi introduzida em vários países por causa de suas bonitas flores. Prolifera muito: em ambientes propícios pode aumentar a biomassa na taxa de 5% ao dia. Tem um poder de germinação enorme. Se for retirada completamente de um lago, para que as suas sementes germinem basta a presença de luz atravessando a lâmina d’água até o fundo.
É também conhecida por baronesa, camalote, aguapé-de-flor-roxa, dama-do-lago, jacinto-d’água, murerê, mureru, muriru, murumuru, mururé-de-canudo, orelha-de-veado, orquídea-d’água, parecí, pavoã e rainha-dos-lagos.
Um dos maiores defensores dessa planta encontrada do sul do País à Amazônia, Tanizaki disse esta semana à Agência Amazônia que municípios brasileiros e sul-americanos com a presença de aguapé deveriam mobilizar especialistas na busca da sua melhor destinação. “Alguns já fazem isso, mas a limpeza de algumas áreas alagadas deve ser um componente social, uma tarefa de todos”, ele observou. O fiscal lembrou que no Lago Paranoá, em Brasília já se fez um trabalho para a preservação da qualidade das águas.
Aprendizado para um bom manejo
No entendimento de Tanizaki, não se pode mais esperar para mudar a situação. Citando a Declaração de Bangkoc, ele lembra que a política e as regulamentações referentes à aqüicultura devem promover explorações técnicas “economicamente viáveis, ambientalmente responsáveis e socialmente aceitáveis”. Assim, por exemplo, os sistemas de tratamento de efluentes compostos por plantas aquáticas podem ser uma alternativa viável para os aqüicultores.
Segundo ele, há vantagens do baixo custo de instalação e manutenção e a eficiência já comprovada no tratamento de efluentes urbanos. Outro aspecto relevante é que o excesso de biomassa vegetal produzido pode ser utilizado como fertilizante da água dos viveiros e tanques de piscicultura, proporcionando o aumento de organismos que participam da cadeia alimentar dos peixes, ou mesmo como fonte alternativa de proteína.
“A maioria dos municípios precisa aprender a trabalhar com a biomassa do aguapé. Muitos estão até pecando, porque utilizam produtos químicos tóxicos para erradicar a planta e, assim, contaminam as águas”, adverte o técnico.
“O aguapé vem sendo, equivocadamente, considerado uma praga por prefeitos e autoridades brasileiras e de outros países”, prossegue. “Ao contrário, eles deveriam valorizar esse fantástico recurso que Deus e a natureza nos deixam de presente para promover o desenvolvimento social e econômico do Brasil. É o nosso melhor despoluidor de águas”.
Tanizaki acredita que um manejo e destinação correta tornariam o aguapé “um santo remédio para a humanidade” na solução dos seus principais problemas. Conforme explicou, esse “santo remédio” resolve ou ameniza sensivelmente as mudanças climáticas, podendo se tornar no principal substituto do petróleo e garantir água de qualidade para o abastecimento das populações.
Pequenas barragens
Tanizaki se vê envolvido num trabalho que busca conscientizar melhor as autoridades a respeito da importância dessa planta. Desta maneira, ele entende que poderá iniciar um novo trabalho visando à construção de pequenas barragens para a produção de aguapé.
“Serão milhares, em grande escala mesmo. Indiscutivelmente isso contribuirá para que a agropecuária nacional se consolide e proporcione milhões de empregos dignos no Brasil”, prevê. Entusiasta do assunto, ele também acredita numa próxima frente com mais trabalhos, “cada qual com o seu valor e seu êxito”. Aposta numa perfeita somatória de esforços, “até para derrotar a criminalidade”.
Filtro seguro e refúgio de alevinos
BRASÍLIA – Estudos da USP e da Unesp mostram a importância do aguapé em lagos de jardim, onde servem para a desova dos peixes de água fria (kinguios e carpas) e de refúgio para os alevinos. A planta evita a luz direta do sol sobre a lâmina, impedindo que a água fique extremamente esverdeada, já que absorve a luz na superfície.
Por meio de suas raízes, absorve também os nitratos e fosfatos sempre presentes em águas eutrofizadas, competindo diretamente com as algas pela absorção destes nutrientes. Possui propriedades filtrantes. Erga um aguapé e note a grande quantidade de detritos em suspensão que ele literalmente “segura” em suas raízes. Absorve metais pesados presentes na água, principalmente ferro, cálcio, manganês e magnésio.
Na aqüicultura intensiva, as rações empregadas apresentam elevados teores de nutrientes e apenas uma fração do alimento disponível é digerida pelos organismos. Esse alimento não consumido é convertido em sólidos orgânicos em suspensão, dióxido de carbono, amônia, fosfato e em outros compostos, que associados às excretas e às fezes, proporcionam um considerável aporte de matéria orgânica e inorgânica aos ecossistemas aquáticos.
Apesar do efluente de aqüicultura apresentar grande volume com baixos teores de nutrientes, quando comparado com os efluentes de origem doméstica, o seu lançamento direto e contínuo nos ambientes límnicos pode resultar em uma bioacumulação crônica e eutrofização, com conseqüências ecológicas negativas sobre o ambiente aquático. Para minimizar tais impactos existe a necessidade do tratamento dos efluentes produzidos por essas atividades, visando atender às exigências das novas legislações, às pressões de órgãos ambientais e da própria sociedade.
Outro uso notável do aguapé consiste na fabricação de tijolos do tipo adobe, amplamente utilizados em construção civil. Apesar de ser um dos mais antigos materiais manufaturados, esse modelo ainda se mostra atual e perfeitamente viável como material de construção totalmente ecológico.
A utilização do aguapé pode ser inserida em programas de manejo integrado de lagos eutrofizados ou em vias de eutrofização, como alternativa de retirada e encapsulamento de nutrientes e metais indesejados em um ecossistema e alternativa para a construção de habitações de interesse social (com baixo custo), cujo déficit é preocupante no Brasil.
Saiba mais sobre a planta
Constituintes químicos: minerais da planta (1% do peso verde da planta): 28,7% de potássio, 21% de cloro, 12% de cal, 7% de anidrido fosfórico, 1,8% de soda, 1,28% de nitrogênio e 0,59% de magnésio.
Pela sua grande capacidade de absorção de nutrientes, pode ser usada na despoluição de esgotos. Suas folhas são rígidas e brilhantes, com cutícula espessa e repelente à água e ficam reunidas em rosetas.
Estima-se que o Canal do Panamá ficaria totalmente obstruído em apenas três anos, se não fossem tomadas medidas relativas ao controle do aguapé.
Não tolera salinidade e suas folhas também são sensíveis às geadas. Na Índia, invade plantações de arroz, impedindo o seu crescimento. Na África, escapou para o Rio Congo e chegou ao Nilo. Em algumas partes do Sudão reproduziu-se tanto que impediu a navegação. Nos EUA tentaram erradicá-la por meio do uso de arsênico, o que causou a mortandade de diversos animais domésticos, devido ao envenenamento da cadeia alimentar.
A base das folhas geralmente parece uma pequena bóia. As rosetas multiplicam-se por meio de estolões. Suas raízes são numerosas, com coifas bem desenvolvidas. Flores belíssimas apresentam o fenômeno tristilia, bastante raro em plantas. Neste fenômeno verificam-se basicamente três tipos de plantas, cada uma com um tipo de flor. Estas flores têm seus estames e estiletes em três alturas diferentes. Quando as abelhas visitam estas flores, tocam em partes diferentes da planta, ora sujando-se de pólen ou conduzindo esse pólen para outra planta e recebendo outro. Dá-se a polinização cruzada.

http://www.ecomapa.com.br/blog/ler.asp?cod=39
Fonte: Portal do meio ambiente.

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