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05 dezembro, 2010

Micróbios cresce sobre arsénio

Image of Mono Lake Research area
Lago: Mono.
GFAJ-1 cultivadas em arsénio imagem do GFAJ-1 cultivadas em arsênico.
Crédito de imagem: Blum Switzer Jodi
investigação financiado pela NASA Astrobiology mudou os conhecimentos fundamentais sobre o que compreende toda a vida conhecida na Terra.

Os investigadores dos ensaios no ambiente inóspito do Mono Lake, na Califórnia descobriram o primeiro microorganismo conhecido na Terra capaz de prosperar e reproduzir-se utilizando o arsênico químicos tóxicos. O microorganismo arsénio substitutos de fósforo em seus componentes celulares.

"A definição da vida acaba de ampliar", disse Ed Weiler, administrador associado da Nasa para a Diretoria de Missões Científicas na sede da agência em Washington. "À medida que prosseguir os nossos esforços para buscar sinais de vida no sistema solar, temos que pensar de forma mais ampla, mais diversa e considerar a vida como nós não conhecemos."

Esse achado de uma composição bioquímica alternativa irá alterar livros de biologia e expandir o escopo da pesquisa para a vida fora da Terra. A pesquisa foi publicada na edição desta semana da revista Science Express.

Carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre são os seis blocos básicos de construção de todas as formas de vida conhecidas na Terra. O fósforo é parte da espinha dorsal química do DNA e RNA, as estruturas que contêm as instruções genéticas para a vida, e é considerado um elemento essencial para todas as células vivas.

O fósforo é um elemento central da molécula de transporte de energia em todas as células (adenosina trifosfato) e também os fosfolipídios que formam todas as membranas celulares. O arsênico, que é quimicamente similar ao fósforo, é venenoso para mais vida na Terra. Arsénio interrompe vias metabólicas, porque ele se comporta quimicamente semelhante ao fosfato.

"Nós sabemos que alguns micróbios podem respirar arsénio, mas o que encontramos é um micróbio está fazendo algo novo - peças de construção de si mesmo fora de arsênico", disse Wolfe Felisa-Simon, a NASA Astrobiology Research Fellow em residência no Geológica dos EUA Pesquisa em Menlo Park, Califórnia, e principal cientista da equipe de pesquisa. "Se alguma coisa aqui na Terra pode fazer algo tão inesperado, o que mais pode fazer a vida que nós não vimos ainda?"

O micróbio recém-descoberto, a tensão GFAJ-1, é membro de um grupo comum de bactéria, a Gammaproteobacteria. No laboratório, os investigadores cresceram com sucesso micróbios do lago sobre uma dieta que era muito magra sobre o fósforo, mas incluía generosas porções de arsênico. Quando os investigadores removeram o fósforo e substituiu-o com arsênico os micróbios continuaram a crescer. Análises posteriores indicaram que o arsênico era utilizado para produzir os blocos de construção de novas GFAJ-1 células.

A questão-chave os investigadores investigaram foi quando o microorganismo foi cultivado em arsênico que o arsénio na verdade, tornou-se incorporado em máquinas dos organismos bioquímicos vitais, como o DNA, proteínas e membranas celulares. Uma variedade de técnicas sofisticadas de laboratório foi usada para determinar onde o arsênico foi incorporado.

A equipe optou por explorar o lago Mono por causa da sua composição química incomum, especialmente a sua alta salinidade, alcalinidade alta e níveis elevados de arsênico. Essa química é em parte um resultado do isolamento do lago Mono, das suas fontes de água doce por 50 anos.

Os resultados deste estudo irá informar a investigação em curso em muitas áreas, incluindo o estudo da evolução da Terra, a química orgânica, ciclos biogeoquímicos, a mitigação da doença e investigação do sistema Terra. Esses achados também vai abrir novas fronteiras em microbiologia e outras áreas de pesquisa.

"A idéia de biochemistries alternativa para a vida é comum na ficção científica", disse Carl Pilcher, diretor do Instituto de Astrobiologia da NASA da agência Ames Research Center, em Moffett Field, Califórnia "Até agora, uma forma de vida usando o arsênico como um bloco de construção foi apenas teórica, mas agora sabemos a vida só existe no lago Mono. "

A equipa de investigação incluiu cientistas da Pesquisa Geológica dos EUA, Universidade Estadual do Arizona em Tempe, Arizona, Laboratório Nacional Lawrence Livermore, em Livermore, Califórnia, Duquesne University em Pittsburgh, Pensilvânia. Ea Stanford Radiação SincrotrónicaESOObservatório Lightsource em Menlo Park, Califórnia

Programa de Astrobiologia da Nasa, em Washington contribuiu com o financiamento da investigação através da sua Exobiologia e programa de Biologia Evolutiva e do Instituto de Astrobiologia da NASA. Astrobiologia da NASA Programa apoia a investigação sobre a origem, evolução, distribuição e futuro da vida na Terra.

Para mais informações sobre o achado e uma lista completa dos investigadores, visite:

http://astrobiology.nasa.gov

27 novembro, 2010

Inpe inaugura Sistema Nacional de Dados Ambientais nesta sexta-feira

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Tecnologias

Quinta-feira, 25 de Novembro de 2010

O Brasil dispõe de um sistema de coleta de dados por satélite para monitoramento ambiental, construído e operado pelo Inpe, desde a década de 90.

Por Inpe

Dentro do propósito de desenvolver suas atividades em todo o território brasileiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) inaugura nesta sexta-feira (26/11) o Sistema Nacional de Dados Ambientais (Sinda) no seu Centro Regional do Nordeste (CRN), localizado em Natal (RN). Até então, as operações de processamento e disseminação de dados ambientais por satélites eram feitas na unidade do Inpe de Cachoeira Paulista (SP), no Centro de Missão de Coleta de Dados, que foi levado para a capital norte-rio-grandense e integrado à sede do Centro Brasileiro de Coleta de Dados (CBCD). O novo serviço já está à disposição dos usuários no endereço http://sinda.crn2.inpe.br

O objetivo da transferência para o CRN/Inpe é centralizar e ampliar as atividades de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de coleta de dados ambientais, atendendo ao mesmo tempo a uma demanda regional de monitoramento espacial do semiárido e do atlântico tropical. O uso de tecnologias espaciais e de instrumentação inovadora viabilizará, entre outras atividades, o monitoramento de manguezais, de pescas e de zoneamento urbano.

O Brasil dispõe de um sistema de coleta de dados por satélite para monitoramento ambiental, construído e operado pelo Inpe, desde a década de 90. Este sistema fornece dados para instituições nacionais governamentais e do setor privado que desenvolvem aplicações e pesquisas em diferentes áreas. Entre elas, podem ser citadas o monitoramento de bacias hidrológicas, a previsão meteorológica e climática, o estudo da química da atmosfera, o controle da poluição, a previsão e mitigação de catástrofes e a avaliação do potencial de energias renováveis.

Atualmente, o Sistema de Satélites Coleta de Dados (SCD) conta com a operação de dois satélites brasileiros da série SCD (SCD-1 e SCD-2), lançados na década de 90. A modernização e revitalização do sistema SCD é uma das prioridades de desenvolvimento e atuação do INPE em âmbito nacional, principalmente para atender à demanda de alerta de desastres naturais.
Inpe/EcoAgência 
fonte:http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRlVONlUsRmdOZFZaN2aKVVVB1TP

04 novembro, 2010

A nova economia do Brasil será de consumo sustentável



04/11/2010 - 11h11
A nova economia do Brasil será de consumo sustentável - Entrevista com Samyra Crespo
Por Lúcia Chayb, da revista ECO 21
A Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano de Produção e Consumo vão estimular uma nova economia da reciclagem no Brasil.

Nesta entrevista com Samyra Crespo, Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do Ministério do Meio Ambiente, ela detalha como foi elaborado o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), disponível em consulta pública até meados de Novembro e quais são as expectativas desse esforço para mudar radicalmente os padrões de produção e consumo em nosso País. Comenta ainda alguns aspectos importantes das políticas que estão sob sua responsabilidade na SAIC, uma das cinco Secretarias que organizam tematicamente as atribuições do MMA.

A carioca Samyra Crespo fez parte da equipe que Carlos Minc montou em 2008 quando assumiu o Ministério do Meio Ambiente; pela sua capacidade gestora a atual Ministra, Izabella Teixeira, solicitou-lhe que permanecesse à frente da Secretaria.

Criada em abril de 2007 como parte da reestruturação do Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) é composta por dois departamentos: de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental (DCRS); e de Educação Ambiental (DEA). A SAIC articula e integra as ações do Governo interna e externamente, a fim de implementar as políticas públicas de meio ambiente, de construir agendas bilaterais ou multilaterais, discutir assuntos legislativos de interesse do ministério, e harmonizar a atuação das unidades do MMA e entidades vinculadas nos órgãos colegiados. Também coordena e acompanha a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), a Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) e a Conferência Nacional Infanto-Juvenil de Meio Ambiente. Além disso, dá apoio administrativo à Comissão Permanente do Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas; elabora o cadastro geral de interlocutores do MMA; promove a adoção de códigos voluntários de conduta e tecnologias ambientalmente adequadas em empresas e órgãos públicos; e desenvolve estatísticas ambientais e indicadores de desenvolvimento sustentável. A SAIC é também responsável pela elaboração, coordenação e acompanhamento da implementação da Agenda 21 brasileira, bem como pelo estímulo à implementação de Agendas 21 locais e regionais.

Samyra, você está no MMA há quase dois anos e meio. Que balanço você faz da atuação do MMA e da sua pasta?


Seria muito pretensioso de minha parte fazer um balanço de uma gestão de oito anos, com três ministros diferentes, sendo que estou participando do último terço. Posso adiantar que está sendo uma experiência muito importante, pois trabalhar no Ministério nos dá uma visão mais acurada sobre os desafios que o Brasil enfrenta para desenvolver e ao mesmo tempo cuidar dos recursos naturais. Também nos faz experimentar as dificuldades que enfrenta um órgão relativamente jovem na história da criação dos outros ministérios, para se institucionalizar e dar conta de todas as atribuições que a sociedade lhe confia. Considero que o MMA sofre o que eu chamaria de uma “crise de crescimento” onde, sem dúvida nenhuma, sua estrutura atual está muito aquém da necessária para se incumbir bem das tarefas. Na minha visão, após desempenhar o papel de gestora, trata-se de uma área estratégica, fundamental para balizar a qualidade do nosso crescimento e do nosso futuro.

Além de coordenar o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis, que está em consulta pública, quais são as outras responsabilidades da SAIC?

Nós cuidamos da educação ambiental, tarefa legalmente compartilhada com o MEC, portanto a responsabilidade de fortalecer a educação ambiental como ferramenta de sensibilização e mobilização de toda a sociedade brasileira, estimulando comportamentos cada vez menos predatórios e mais responsáveis. Gerimos o programa de fomento à Agenda 21 Local, que está terminando após 10 anos de implementação. Cabe a nós verificar os erros e acertos desse programa e apontar caminhos para o futuro. Cuidamos das Conferências Nacionais, importante instrumento de participação da sociedade nas políticas públicas do setor. Também está sob nossa responsabilidade um programa muito interessante de engajamento do setor público na agenda ambiental, que chamamos de A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública – nos 3 Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário). O Plano de Produção e Consumo Sustentáveis se tornou uma atribuição recente, e veio em boa hora, pois integra e maximiza várias ações da SAIC e do próprio Ministério.

O Governo parece bem ativo num final de gestão. Como você explica que tenha demorado tanto para a aprovação da Lei Nacional de Resíduos Sólidos e agora lança este Plano tão ambicioso. Não é um pouco arriscado em termos de sensibilidade política?

Se você está se referindo ao período eleitoral e da mudança na Presidência da República, eu acho o contrário. Quanto mais as instituições não se prenderem ao calendário eleitoral, melhor para elas e para o Brasil. O marco regulatório nacional da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi aprovado há menos de dois meses, após quase 20 anos tramitando no Congresso. Como o Congresso representa a sociedade, então podemos dizer que não havia consenso formado. A legislação aprovada, após um esforço muito grande do MMA, e do empenho pessoal da Ministra Izabella Teixeira, introduz ferramentas revolucionárias, que mexerão profundamente com os atuais padrões de reciclagem no País. Quanto ao Plano, ele foi pensado como política casada com outras políticas setoriais e tem como eixo orientador integrar ações que verificadamente possam nos dizer se estamos ou não mais sustentáveis.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos é realmente inovadora; qual o ponto mais importante dela?

Ela traz a obrigatoriedade da logística reversa para seis importantes cadeias produtivas, como pilhas e baterias, lâmpadas, óleos lubrificantes e de cozinha, pneus e eletro-eletrônicos. A logística reversa é um nome complicado para denominar uma coisa simples, ou seja: de agora em diante todo produto será visto em seu ciclo de vida, desde o momento em que é produzido, passando pela etapa do consumo (sua vida útil) chegando ao pós-consumo, aquele momento em que deve ser descartado adequadamente. A nova Lei estimula o mercado dos recicláveis e a volta dos componentes da maioria dos produtos como insumos para novas cadeias produtivas. Com a nova Lei acabam o desperdício, os lixões, e ainda por cima se estimula uma nova e vigorosa economia dos recicláveis e reciclados no Brasil. Será uma revolução altamente positiva e estimulante para os negócios sustentáveis.

Na prática, o que é a gestão compartilhada?

É justamente o reconhecimento de que o Governo não pode fazer sozinho, nem o setor produtivo nem mesmo a sociedade. Somos interligados e interdependentes nas ações maléficas ou benéficas ao meio ambiente e à nossa qualidade de vida. Tanto na Política de Resíduos Sólidos, quanto no Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), engajar a sociedade, principalmente os consumidores é chave. A gestão compartilhada significa na prática que teremos responsabilidades definidas para cada ente.

Pode dar um exemplo?
Vou citar o exemplo das sacolas plásticas, até porque foi a minha Secretaria que criou a campanha “Saco é um Saco” visando reduzir o número de sacolas plásticas que vão parar em bueiros, lixões e na natureza, vitimando animais que as confundem com comida. Não basta melhorarmos a tecnologia, por exemplo, colocando sacolas mais resistentes no mercado, não basta ter uma solução de reciclagem mecânica ou energética, é preciso que o consumidor também faça a sua parte, como usar menos sacolinhas e precisando utilizá-las, separar, por exemplo, o lixo seco do molhado, pois não há como recuperar individualmente cada sacolinha plástica, principalmente aquelas que misturam todo o lixo. A Lei prevê ainda uma adequação do serviço de coleta de lixo pelas Prefeituras, e para isso o Governo está prevendo significativos recursos no âmbito do PAC 2.

Quais são os objetivos do Plano de Produção e Consumo Sustentáveis?


O PPCS é um compromisso que o Brasil assumiu no contexto das recomendações de Johanesburgo em 2002, durante a RIO+10, quando se viu claramente que pouco se tinha avançado na questão do consumo. E isso parecia crucial quando se via a incorporação do Leste Europeu ao mercado capitalista, a China imprimindo políticas de desenvolvimento e os países emergentes como Brasil, Índia e a própria China tirando da pobreza milhares de pessoas todos os anos. Tirar da pobreza significa em primeiro lugar poder aquisitivo para consumir. Então a ONU recomendou o assim chamado Processo de Marraquech, para incentivar os países a mudar padrões de consumo e produção. Os objetivos do Plano são óbvios: fomentar no Brasil um vigoroso processo de debate e de estímulo à produção mais limpa e ao consumo consciente. Juntos, estes padrões fazem emergir uma economia mais limpa e engrossa o nicho de inovação da “Green Economy”, aquela que é menos intensiva em emissões de carbono, uso de água e consumo de energia. O nosso Plano tem um horizonte inicial de três anos, tempo suficiente para se testar os modelos de implementação que estão previstos.

Mudar padrões de consumo e produção era um dos capítulos mais importantes da Agenda 21 Global. Por que demorou tanto para sair um plano nacional?
Em 1992 havia uma carência ainda muito grande nos mecanismos de governabilidade global, por isso, o foco da RIO-92 foram a Convenção sobre Mudanças Climáticas (com seu desdobramento no Protocolo de Kyoto), a Convenção sobre Diversidade Biológica, a Declaração sobre Florestas e a Agenda 21. A discussão sobre consumo naquele período estava distorcida por uma oposição Norte-Sul, que dizia que os habitantes dos países do Sul tinham demandas reprimidas de consumo, enquanto os países do Norte exerciam padrões perdulários. É muito comum até hoje se ouvir que um estadunidense consome sete vezes mais do que qualquer cidadão latino-americano. Mas essa discussão, que tem alguns argumentos verdadeiros, não ajudou a enxergar que a economia é global, e que as classes médias urbanas, em qualquer país consomem igualmente. Hoje a necessidade de se expandir o tema do consumo consciente é crucial.

Como define o consumo consciente? Não seria melhor falar em consumo frugal ou em combate ao desperdício?

Hoje existem vários movimentos na mesma direção: mais qualidade de vida, vida mais saudável e menos pressão nos recursos naturais, e há como sabemos a espada do aquecimento global sobre todos nós. Vários grupos se dedicam ao slow-food (oposição ao fast-food), à “simplicidade voluntária” (estilo de vida mais simples, mais frugal). Mas não acredito que uma política pública, que vise ditar padrões para toda a sociedade possa ser vanguardista. O Ministério do Meio Ambiente é um Ministério de e para o Brasil, não é o Ministério dos ambientalistas. Qualquer política cujo lema fosse não consumir estaria fadada ao fracasso. Na minha opinião – e o Plano expressa isso – o momento é de focar no bom senso das escolhas. Nós podemos, como consumidores individuais, ou coletivos; porque não vamos nos esquecer que fábricas, hospitais, escolas e órgãos de governo compram e consomem. Podemos fazer escolhas mais inteligentes na hora de consumir de modo a optar por bens e serviços menos poluentes, mais saudáveis e menos agressores ao meio ambiente. Nisso eu acredito. Num poder enorme que já demonstrado em vários países quando consumidores boicotam determinados produtos ou empresas que não fazem o dever de casa.

O Plano aponta seis prioridades: educação para o consumo consciente, construções sustentáveis, agenda ambiental na administração pública, compras públicas sustentáveis, aumento da reciclagem e varejo sustentável. Por que entre todos os setores se escolheu o varejo?
O Comitê Nacional, gestor do Plano inclui – é bom dizer – representantes dos três setores e vários ministérios, somente a coordenação executiva é do MMA. Foi escolhido o varejo porque são os distribuidores, os comercializadores de bens que falam diretamente com o consumidor. São eles que chegam à ponta. Mas o varejo é amplo e pulverizado em milhares de pequenos negócios. Nossa aliança estratégica é com as grandes cadeias de varejo, como no caso do setor supermercadista. Os supermercados têm hoje no seu conjunto, 78 mil lojas espalhadas pelo Brasil. É uma rede de distribuição invejável. O Governo não entende de conversar com cada consumidor. Quem entende disso é o setor varejista. Trata-se de uma aliança fundamental, e nós já temos parceiros de respeito, que estão com estratégias de sustentabilidade bastante abrangentes, como é o caso do Walmart, do Carrefour e do Pão de Açúcar.

E quanto às compras públicas sustentáveis? Este também era um objetivo da Agenda 21 Brasileira, um documento do governo lançado Julho de 2002.

Foi muito bom você perguntar sobre a Agenda 21 Brasileira, um esforço razoável que foi iniciado em 2000 para se elaborar os primeiros eixos de sustentabilidade nas políticas públicas. Penso que o documento ficou no âmbito da governança do MMA e de uma Comissão que não conseguiu ter um plano bem sucedido de diálogo com o próprio Governo nem fora dele. Parece contraditório, mas todo mundo sabe que o chamado Governo não é um monobloco. Trata-se de várias visões, várias agendas, algumas conflitantes entre si que dependem de uma liderança forte e integradora. Não quero ficar especulando sobre as possíveis razões porque a Agenda 21 Brasileira não decolou. Se há um culpado, é a nossa própria sociedade que não estava amadurecida nem suficientemente informada para cobrar isso. Creio que o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis, bem como a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, resgatam várias das boas ideias e teses da Agenda 21 e se atrela a um momento mais interessante da consciência ambiental no País. Mas você me perguntou o que são compras sustentáveis na administração pública, e é tão simples como fazer compras de mobiliários, equipamentos, papelaria, material de limpeza, informática, etc., usando critérios de sustentabilidade, comprando de fornecedores mais responsáveis, e produtos menos danosos à saúde humana e ao meio ambiente.

Como o Governo fará isso se existe a Lei 866 que obriga a fazer uma licitação e o pregão, e a escolha é pelo mais barato?

O Governo já faz isso, amparado por uma legislação ainda insuficiente. O próprio MMA já compra muita coisa, exigindo alguns parâmetros além do preço, que estão ligados à qualidade dos produtos e nessa qualidade estão os requisitos ambientais. A novidade é que o Ministério do Planejamento (MPOG) elaborou uma Instrução Normativa de Janeiro de 2010 que dá todo o amparo legal para o gestor introduzir critérios objetivos de sustentabilidade nas compras públicas. Essa Instrução contou com a contribuição da própria Advocacia-Geral da União (AGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU), os órgãos controladores do Governo, e significará um avanço considerável nas compras governamentais. Só para se ter uma ideia, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estimou recentemente que as compras dos governos nas três esferas, federal, estadual e municipal representam hoje entre 12% e 17% do PIB brasileiro. Ou seja, se a indução que desejamos promover der certo, será uma verdadeira economia sustentável que surgirá nos próximos anos.

Como a sociedade pode opinar em relação ao PPCS, e quando será lançado?

A contribuição deve ser pela Internet, em um formulário próprio disponível juntamente com o Plano e com documentos de referência, tanto no site do Ministério (http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=234) como nos domínios de parceiros como o PNUMA, o Instituto Akatu e outros. Espera-se que a sociedade civil organizada e que o setor produtivo, por meio de suas associações, participem ativamente. Também estamos realizando alguns “diálogos setoriais”, com atores estratégicos, relacionados às prioridades apontadas no Plano e na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A consulta vai até 11 de Novembro. A ideia é que o Plano seja lançado juntamente com a regulamentação da Política de Resíduos Sólidos no início de Dezembro deste ano.

E quanto aos mecanismos de implementação?


Isso é importante, os mecanismos de implementação do Plano, que são vários e inovadores, estão ancorados nos conceitos de parceria e de iniciativas voluntárias. O Governo sempre defendeu que são necessárias parcerias entre o setor público e o privado, mas pouco se evoluiu em instrumentos legais e políticos que consagrem esta aspiração. Acho que o Plano, ao incluir a possibilidade de valorizar iniciativas do setor privado e do setor público não-governamental no conjunto de ações a serem implementadas nos próximos três anos, está dando um passo largo na gestão compartilhada dos problemas e das soluções. Acho que o PPCS é, antes de tudo, uma agenda positiva do esforço real, verificável; que o Governo e a sociedade estão fazendo esforços inovadores para lidar com os problemas ambientais e com os desafios para se melhorar a qualidade de vida das pessoas. O consumo é a bola da vez.

Mais informações: http://www.mma.gov.br/sitio/

*Esta entrevista é parte integrante da Revista Eco 21, edição 167, de outubro de 2010. Para conhecer acesse http://www.eco21.com.br/home/index.asp - Para assinar acesse - http://www.eco21.com.br/assinaturas/assinaturas.asp


(Envolverde/ECO 21)
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Mídia tem visão simplificada da Amazônia


04/11/2010 - 11h11
Mídia tem visão simplificada da Amazônia
Por Mauro Malin, do Observatório da Imprensa
Estudiosa da Amazônia, a professora de geografia política Bertha Becker diz em entrevista ao Observatório da Imprensa que a região é tratada na mídia de forma simplificadora, em duas vertentes. "A primeira, ainda bem marcante, é apresentar a Amazônia como região exótica. É a visão de fora, que enfatiza o desconhecido, bichos, pássaros, vegetação. Por que tratar a região como exótica? Ela é parte do Brasil. Os processos que nela se desenrolam são os mesmos que marcam a estrutura da sociedade brasileira, às vezes com ênfases e cores diferentes, mas como parte integrante dessa sociedade, ainda que territorialmente distante."

"A segunda via de simplificação" ‒ critica a professora ‒, "iniciada há pouco tempo, se dá quando a mídia tenta se aproximar da realidade regional mas não capta sua complexidade. Quer informar, mas a abordagem é muitas vezes sensacionalista. A morte da missionária Dorothy Stang foi amplamente noticiada, como tinha que ser, mas não se sabe, por exemplo, quanta gente morre todo dia devido à violência nas estradas locais."

Bertha Becker é professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aposentada mas ativa. Redigiu o capítulo sobre Amazônia do documento com as conclusões da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em maio passado, que será publicado em dezembro. Ela mora no Rio de Janeiro, mas fez muitas viagens à região amazônica. Começou seus estudos no Sudeste do Brasil, chegou a Goiás e logo ao que é hoje Tocantins. Nos últimos anos, tem feito mais viagens à Amazônia Ocidental, partindo de Manaus e chegando ao Alto Rio Negro, na região conhecida como Cabeça do Cachorro.

População urbanizada

"A cobertura jornalística é difícil por causa da distância dos centros de comando do país, São Paulo, Brasília, Rio, e também pela extensão do território amazônico e pelas dificuldades de transporte. A Amazônia Legal, com pouco mais de 5 milhões de quilômetros quadrados, corresponde a 61% do território brasileiro" ‒ aponta a professora. "Basta dizer que ainda há tribos indígenas não contatadas. Mas não há lá somente índios e traficantes", adverte.

"Um aspecto crucial, do qual poucos se dão conta, é que 70% de seus 20 milhões de habitantes vivem em cidades", acrescenta Bertha. "A Grande Belém tem 2 milhões de habitantes, Manaus se aproxima de 2 milhões. Algumas capitais de outros dos estados da região ‒ Acre, Rondônia, Amapá ‒ estão na faixa de 300 mil a 500 mil habitantes e há varias cidades com população em torno de 200 mil habitantes."

"Recentemente", conta ela, "fui entrevistada por um repórter do Washington Post que se mostrou surpreso com a existência de um shopping center numa cidade como Vilhena, em Rondônia. Uma constatação como essa perturba completamente a imagem, que se formou no exterior, de uma região exótica."

O maior banco genético do planeta

Outro desconhecimento, segundo a professora, é o do "fantástico potencial relacionado com os avanços da ciência. Nem os presidenciáveis deste ano pareciam saber que ela abriga, segundo muitos estudiosos, o maior banco genético do planeta, o que implica potencial para a produção de fármacos, fitoterápicos e cosméticos".

Ela destaca também um dos atributos mais conhecidos da Amazônia, as águas, e o potencial de produção de energias limpas, como, por exemplo, a energia solar. A região amazônica tem um potencial que não é utilizado. A região, diz, "presta serviços ambientais; são coisas intangíveis, como a absorção, pela floresta, de gases de efeito estufa".

Outra observação feita pela professora diz respeito à heterogeneidade da Amazônia:

"Há uma enorme diversidade interna. Na Zona Franca de Manaus, temos indústrias do século passado. Jazidas de ferro, petróleo e bauxita, matéria-prima do alumínio, são exploradas. Roraima tem um potencial fantástico de riquezas minerais. Por sinal, novos minerais estão sendo pesquisados. Infelizmente, as cadeias produtivas locais ‒ soja, milho, algodão ‒ são curtas, o que gera mais riqueza no exterior, para onde é exportada a matéria-prima. Há alguma produção de farelo de soja e um tanto de óleo que vai para São Paulo. E só. Para cúmulo dos cúmulos, não há uma cadeia de pesca organizada. No Rio Solimões, quem comanda, coordena e compra tudo, até a cidade de Tefé, no Amazonas, são colombianos, que revendem o pescado, historicamente o alimento básico da população."

Cerrado

Outro elemento pouco conhecido e avaliado, diz Bertha, é o cerrado, bioma presente nos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. "Mato Grosso tem uma produção enorme e algumas cidades são de primeiro mundo", diz, "mas é uma riqueza altamente concentrada." As cidades da floresta, porém, não são tão ricas. "O dinheiro que movimenta o comércio nos shopping centers é de gerentes e funcionários de firmas contratadas para grandes obras públicas", explica.

A mídia, segundo Bertha, ainda não deu a devida importância ao fato de que a Amazônia é uma realidade sul-americana, "e não apenas devido às drogas". Ela cita a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), em cujos marcos o BNDES financia estradas e hidrelétricas. "Para mencionar apenas um dos vizinhos do Brasil, já se pode ir por rodovia do Acre até Cuzco, no Peru", afirma. "De fato, existe um grande eixo passando pelo Acre e Manaus, e um dos reflexos disso é um brutal desmatamento em curso no Peru."

Falta um projeto de desenvolvimento regional


"O maior problema que merece a atenção da mídia", resume Bertha, "é que não foi pensado um modelo para o desenvolvimento da região. A preocupação central do Estado, desde a colonização, é ocupar para defender o território, a fim de garantir a soberania, com alguma exploração dos recursos naturais. Nunca se pensou num processo de desenvolvimento regional. Getúlio Vargas fez a Marcha para o Oeste, um projeto de migração interna. Juscelino Kubitschek entrou com estradas, leia-se pecuária, e energia, leia-se transformação de matadouros em frigoríficos. A Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) deu incentivos fiscais para grandes empresas. Os governos militares trataram de um planejamento estratégico de ocupação. Fizeram projetos de colonização com gente do Brasil inteiro. Pois bem, a região já está ocupada, com 20 milhões de pessoas. O que falta, e cabe à mídia apontar essa lacuna, é um projeto de desenvolvimento regional."

(Envolverde/Observatório da Imprensa)
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25 setembro, 2010

Pesquisa do Cempre traz números dos custos da Coleta Seletiva no país

Leia M
Apesar de ter aumentado o número de cidades que oferecem a coleta seletiva, na maioria delas, o serviço não cobre mais do que 10% dos munícipes.
  
santiago.rs.gov.br    


Por Cempre
O número de municípios brasileiros que operam programas de coleta seletiva aumentou pouco mais de 9% desde a realização da última pesquisa Ciclosoft, em 2008. São, hoje, 443 contra 405, há dois anos. Se todo crescimento na coleta seletiva é uma boa notícia, é preciso cautela na comemoração: desde o início da pesquisa, em 1994, essa foi a menor taxa de evolução. "A desaceleração na expansão demonstra claramente uma limitação no envolvimento das prefeituras, sobretudo de municípios menores, e a necessidade de uma política federal que obrigue, normatize e cobre o avanço sustentável e consistente da coleta seletiva e da reciclagem no país", explica Victor Bicca, presidente do Cempre. "A Política Nacional de Resíduos Sólidos, recentemente sancionada pelo presidente da República, deverá dar novo fôlego ao sistema."
Os dados revelam que permanece a concentração dos programas nas regiões Sudeste e Sul, com 86% do total. Na distribuição por região, os 443 municípios com coleta seletiva encontram-se assim distribuídos: 221 no Sudeste, 159 no Sul, 45 no Nordeste, 13 no Centro-Oeste e 5 no Norte.
A ação das cooperativas
Apesar de ter aumentado o número de cidades que oferecem a coleta seletiva, na maioria delas, o serviço não cobre mais do que 10% dos munícipes. Cerca de 22 milhões de brasileiros têm acesso a programas municipais de coleta seletiva, ou seja, 12% da população total. Esse número representa uma queda em relação às duas últimas edições da Ciclosoft – em 2006 e 2008, respectivamente, 25 milhões e 26 milhões de pessoas eram atendidas pelo sistema.
A forma como a coleta seletiva é realizada também pode variar, sendo que muitos municípios conciliam mais de um método. A maior parte utiliza o esquema de porta em porta (78%), sendo crescente a participação das cooperativas de catadores (74%) no processo. Os Postos de Entrega Voluntária também são uma alternativa para a participação da população (44%).
Em relação aos agentes executores da coleta seletiva é marcante a presença das cooperativas: mais da metade das prefeituras (62%) apóia ou mantém cooperados. Esse apoio pode abranger equipamentos, galpões de triagem, pagamento de gastos com água e energia elétrica, caminhões, projetos de capacitação ou auxílio na divulgação e educação ambiental. Em 52% das cidades, a coleta seletiva de resíduos sólidos é feita pela própria Prefeitura e em 26% dos casos são contratadas empresas particulares para executar a tarefa. Vale destacar que, em geral, os municípios contam com mais de um agente executor.
Quanto ao custo para realização da coleta seletiva, chegou-se, neste levantamento, a uma média de US$ 204,00 (R$ 367,20 - para um câmbio de US$ 1,00 = R$ 1,80) por tonelada. Na coleta regular, o valor médio é de US$ 47,22 (cerca de R$ 85,00) por tonelada. Desde o início da coleta de dados da Ciclosoft, em 1994, esta é a menor diferença entre as duas formas (quatro vezes).
Na composição do material coletado, as aparas de papel e papelão continuam sendo os recicláveis mais coletados (em peso), seguidos dos plásticos, vidros, metais e embalagens longa vida. "A porcentagem de rejeito ainda é grande e pode ser significativamente reduzida. Para isso, é necessário agir em diversas pontas, tanto na melhora do serviço de coleta como na conscientização da população para que o lixo seja corretamente separado", alerta André Vilhena, diretor do Cempre.
Cempre/EcoAgência
  
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Projeto tipifica crimes contra a biodiversidade..

De acordo com o autor da proposta, deputados Ricardo Tripoli (PSDB), o objetivo do projeto de lei é combater a biopirataria no país.
  

Arquivo - Elton Bomfim    
Deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP)

Por Agência Câmara de Notícias Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7710/10, do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que criminaliza uma série de condutas lesivas à biodiversidade e ao patrimônio genético brasileiro, relacionadas principalmente à fauna silvestre e às comunidades indígenas e tradicionais.
No Brasil, a atuação dos "biopiratas" é facilitada pela ausência de uma legislação que defina as regras de uso dos recursos naturais. A Medida Provisória 2186 regulamenta pontos da Convenção sobre Diversidade Biológica e estabelece que o acesso aos recursos genéticos depende de autorização da União. A MP, no entanto, não tipifica a exploração ilegal desses recursos como crime nem estabelece penalidades para os infratores, que acabam sendo punidos – quando são – como traficantes de animais.
A proposta estabelece pena de reclusão de 4 a 8 anos e multa para quem utilizar componente do patrimônio genético para fins comerciais ou industriais, sem licença ou em desacordo com a licença obtida.
Fica sujeito à pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa quem ingressar em área indígena, comunidade quilombola ou comunidade tradicional para acessar ou coletar patrimônio genético sem a devida licença. A pena será de 3 a 5 anos se o material genético ou recurso biológico for transportado ilegalmente, tendo sido obtido mediante coação, indução ou em troca de alguma vantagem – financeira ou não.
Outros crimes
A proposta tipifica ainda os seguintes crimes, entre outros:
- acessar, remeter ou transportar patrimônio genético sem licença da autoridade competente, ou em desacordo com a licença obtida. A pena é de reclusão de 2 a 4 anos e multa;
- acessar patrimônio genético para práticas nocivas ao meio ambiente ou à saúde humana, com pena de reclusão de 10 a 16 anos e multa;
- desenvolver, manufaturar, fabricar, ceder, vender, portar ou utilizar arma biológica ou química a partir de acesso ao patrimônio genético brasileiro, à tecnologia ou transferência de tecnologia. A pena prevista é de reclusão de 10 a 16 anos e multa;
- ingressar em área pública ou privada para acessar ou coletar componente do patrimônio genético sem a autorização de proprietário ou autoridade competente ou sem a devida licença, com pena de 2 a 4 anos e multa.
Tramitação
O projeto será analisado por uma comissão especialComissão temporária criada para examinar e dar parecer sobre projetos que envolvam matéria de competência de mais de três comissões de mérito. Em vez de tramitar pelas comissões temáticas, o projeto é analisado apenas pela comissão especial. Se aprovado nessa comissão, segue para o Senado, para o Plenário ou para sanção presidencial, dependendo da tramitação do projeto., em conjunto com o PL 4842/98, da senadora e ex-ministra Marina Silva, que estabelece sanções penais para os crimes contra o patrimônio genético.
Íntegra da proposta:
FONTE:
PL-7710/2010
Agência Câmara de Notícias/EcoAgência
  
  
  
Autorizada a reprodução, citando-se a fonte.
 

  

 
 

27 agosto, 2010

Dieta calorica favorece presença de leptina no cérebro

26/08/2010 - 02h08
ieta calórica favorece presença de leptina no cérebro
Por Valéria Dias, da Agência USP
Uma dieta de alta energia (alto valor calórico) oferecida para novilhas com idades entre 18 e 20 meses permitiu uma maior presença de leptina no cérebro desses animais. A leptina é um hormônio produzido a partir do tecido adiposo e que está envolvido com os processos de obesidade e puberdade.

O trabalho faz parte de uma linha de pesquisa do Departamento de Nutrição e Produção Animal (VNP) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, em Pirassununga, que busca desvendar quais mecanismos estão envolvidos na obtenção da puberdade de bovinos. A idéia é entender o papel de alguns genes e hormônios na ativação desta fase da vida animal.

“No cérebro, a leptina se liga aos seus receptores cerebrais e, em conjunto com outros hormônios, sinaliza para o hipotálamo que o organismo está preparado para entrar na puberdade”, explica a médica veterinária Juliane Diniz Magalhães. Ela é autora da pesquisa de mestrado Efeito da leptina e da nutrição sobre o papel de expressão de genes hipotalâmicos em novilhas zebuínas (Bos taurus indicus) no início da puberdade, apresentada no último sob a orientação e coordenação do professor Luis Felipe Prada e Silva, responsável pelo Laboratório de Genômica Funcional.

Outra constatação do estudo é que a dieta com alto valor calórico interferiu na atuação dos receptores cerebrais denominados neuropeptídeos Y (NPY). Esses neuropeptídeos impedem a atuação positiva da leptina. “Os neuropeptídeos Y e a leptina são ‘competidores’: o NPY inibe a puberdade e a leptina a estimula. Se houver mais NPY e pouca leptina, ele vai se ligar aos seus receptores e inibir a puberdade. Já uma maior quantidade de leptina no cérebro reduz a produção de NPY e estimula a ovulação”, explica Juliane.

Indução da puberdade

Juliane estudou o papel da leptina na indução da puberdade em novilhas nelore com idades entre 18 e 20 meses. Os animais – 36 no total – foram divididos em três grupos: alimentação de baixa energia (baixo valor calórico) – grupo controle -, alimentação de alta energia e alimentação de baixa energia com adição de leptina via injeção.

“Teoricamente, uma dieta rica em energia poderia antecipar a entrada dessas novilhas na fase reprodutiva, ou seja, novilhas melhor alimentadas entrariam na puberdade mais cedo”, informa a pesquisadora. Na pratica, porém, Juliane é cautelosa. De acordo com ela, apesar de os resultados obtidos em seu mestrado indicarem que uma dieta de alta energia favorece o aumento de leptina no organismo, ainda é muito cedo para associar estes achados diretamente com a antecipação da puberdade nestes animais.

No início do experimento, nenhuma das fêmeas havia entrado na puberdade. Esses animais passaram por um acompanhamento, com exames de ultrasom duas vezes por semana, durante aproximadamente 8 meses, e foram enviadas para abate a medida que apresentaram ovulação (formação da estrutura do corpo lúteo no ovário). De acordo com Juliane, na média do experimento, as novilhas Nelore entraram em puberdade com 24 meses. “Dentro dos 8 meses de avaliação, algumas ovularam com 22, outras com 26 meses”, aponta.

“Esse tempo de 8 meses foi quando a última foi abatida, pois nosso parâmetro foi a obtenção da puberdade. Tivemos novilhas abatidas com 1 mês e meio de experimento”, explica. Após o abate, a pesquisadora analisou o cérebro dos animais.

Produtividade

De acordo com a pesquisadora, apesar de o Brasil ter o maior rebanho comercial do mundo, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no aspecto produtivo. As maiores diferenças estão ligadas ao tipo de criação: lá o sistema é de confinamento, e no Brasil, em sua maioria, pastagens. Por conta disso, a alimentação também é diferenciada.

Outro ponto são os diferenciais ligados a raça: nos Estados Unidos, cria-se mais gado de origem européia: taurinos, como a Angus; no Brasil, usa-se o tipo zebuíno, de origem indiana, como a raça Nelore. Nos Estados Unidos, as fêmeas entram na puberdade aos 12 meses, em média. No Brasil, é o dobro de tempo: aqui, os animais iniciam a idade reprodutiva a partir dos 24 meses.

A linha de pesquisa na qual o mestrado de Juliane está inserido visa exatamente entender, com exatidão, os mecanismos envolvidos na ativação da puberdade de bovinos. “Esses conhecimentos irão permitir seleção eficiente de animais mais precoces, e também que, no futuro, possam ser fabricados fármacos que antecipem a entrada das novilhas na idade reprodutiva fato que, conseqüentemente, vai aumentar a produtividade da pecuária no Brasil”, esclarece.

Imagem cedida para a pesquisadora

(Envolverde/Agência USP de Notícias)

Petróleo do Golfo teria degradado pela ação de bactérias

26/08/2010 - 08h08
Por Fabiano Ávila, da CarbonoBrasil
O mistério do que teria acontecido com os milhões de barris que vazaram no Golfo do México pode ter chegado ao fim com um novo estudo publicado na Science que responsabiliza microrganismos pela degradação em tempo recorde.

Assim que o vazamento causado pela explosão da plataforma da BP no Golfo do México, a maior tragédia ambiental da história dos Estados Unidos, foi finalmente controlado começaram as perguntas do que teria acontecido com boa parte dos 4,1 milhões de barris que foram liberados no oceano e dos quais não se tinha mais vestígios.

Uma verdadeira guerra entre pesquisadores teve início, com estudos independentes contrariando os dados oficiais que alegavam que a maior parte do petróleo já havia sido recolhida, queimada ou degradada.

A Universidades da Geórgia chegou a divulgar um trabalho no qual afirma que  cerca de 75% do petróleo ainda está na área, mas submerso, e dessa forma segue sendo uma ameaça para o ecossistema.

Agora, um grupo do Laboratório Lawrence Berkeley, ligado ao Departamento de Energia do governo norte-americano, publicou um artigo na revista Science onde afirma que realmente existe uma enorme mancha de petróleo a cerca de 1000 metros de profundidade ocupando uma área de até 7km.

Porém, os pesquisadores descobriram uma grande quantidade de microrganismos se alimentando desse material, alguns até de espécies desconhecidas, e a velocidade de degradação está muito acima do que seria esperado.

“Nós descobrimos que a presença do petróleo em grandes profundidades alterou a comunidade de microrganismos e estimulou a proliferação de certos tipos de bactérias que são muito semelhantes às usadas justamente em trabalhos de limpeza de petróleo. A presença desses organismos é o principal responsável pela rápida degradação de todo o óleo que vazou”, afirmou Terry Hazen, ecologista do Laboratório Lawrence Berkeley.

O grupo identificou ainda uma nova espécie de microrganismo que consegue realizar a degradação do petróleo em grande velocidade. “Essa descoberta pode se revelar muito importante no desenvolvimento de novas técnicas de limpeza de vazamentos futuros”, comemorou Hazen.

Mas nem tudo são boas notícias, sob a pressão de ter que controlar o vazamento o mais rápido possível a BP utilizou quantidades recordes do dispersante COREXIT 9500 e a ação desse químico criou uma grande nuvem de partículas de petróleo que se espalhou por toda a região. O efeito dessa nuvem ainda é desconhecido.

Além disso, o COREXIT só foi estudado em situações na superfície dos oceanos e agora segue a dúvida de como essa quantidade massiva do dispersante vai se comportar em grandes profundidades e como irá afetar o ecossistema.

O vazamento da plataforma Deepwater Horizon foi um dos maiores e mais profundos desastres envolvendo petróleo na história da humanidade. Especialistas concordam que os números envolvidos na tragédia são todos gigantescos e os impactos verdadeiros para o ecossistema ainda podem estar longe de serem compreendidos.

Imagem: Pesquisadores do Laboratório Lawrence Berkeley coletaram mais de 200 amostras de 17 locais próximos ao vazamento / Lawrence Berkeley Laboratory

(Envolverde/CarbonoBrasil)

Camponesas sul africanas sentem a mudança climático

27/08/2010 - 04h08
Por Kristin Palitza, da IPS
Cidade do Cabo, África do Sul, 27/8/2010 – A falta de chuvas arruinou a temporada de semeadura e a colheita, reduzindo drasticamente a renda das camponesas sul-africanas Mary-Anne Zimri e Katrina Scheepers. A política que o governo prepara para mitigar as consequências da mudança climática não parece contemplá-las. “Fomos atingidas por todos os lados”, disse Mary-Anne. Ela e Katrina fazem parte de uma cooperativa de Wuppertal, pequena aldeia da província de Cabo Ocidental.

A cooperativa especializa-se no rooibos (Aspalathus linearis), com o qual se prepara chá, e também vende verduras e gado. “Começamos a plantar rooibos em julho, mas este ano foi muito seco”, disse Mary-Anne. Há décadas dependem das chuvas de inverno para irrigar as plantações e agora não conseguem fazer isso, informou. A cooperativa não tem sistema de irrigação. As agricultoras têm de pegar água em baldes do rio que fica a vários quilômetros, o que não basta para manter uma boa produção.

Além do rooibos, a falta de chuva fez com que o alimento dos animais não crescesse como se esperava e as verduras são muito menores do que no ano anterior. “Não acontece só com a gente. A maioria dos camponeses da região perdeu seus cultivos porque está muito seco”, disse Katrina. As incomuns baixas temperaturas de inverno fizeram com que as geadas queimassem a colheita de batata. “Isso nunca tinha acontecido. Não nos últimos 50 anos”, acrescentou.

Os camponeses de Wuppertal atravessam uma situação difícil porque estão a 75 quilômetros da loja de alimentos mais próxima. Sempre dependeram de seus cultivos para terem alimentos. Agora, precisam comprar até para os animais, o que representa gasto adicional. Para a maioria dos membros da cooperativa, que arrendam um terreno da igreja local por uma pequena quantia, a drástica redução das chuvas implica que devem conseguir trabalhos sazonais em fazendas comerciais. Esse tipo de emprego costuma ser mal pago, não é seguro e não traz benefícios.

Mary-Anne e Katrina participaram da mesa-redonda “Mulheres e adaptação à mudança climática: ênfase na segurança alimentar”, organizada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e pela Universidade de Cabo Ocidental, no dia 18. Ali, se informaram sobre estratégias de adaptação à mudança climática e legislação ligada ao fenômeno. “As questões da mudança climática, pobreza, ambiente e gênero estão intrinsecamente vinculadas”, disse Louise Naudé, da WWF África do Sul. “A mudança climática afeta especialmente as mulheres, assim como a falta de alimentos e os desastres naturais. É preciso equilibrar as diferenças de gênero e diminuir a vulnerabilidade delas no setor”, explicou.

Numerosas pesquisas mostram que as mulheres mais pobres costumam sofrer mais os efeitos da mudança climática por terem menos acesso aos recursos. Para elas é mais difícil coletar água e lenha para o fogo. As meninas e as adolescentes costumam ter de largar a escola para ajudar em casa. Onde rege a posse tradicional da terra, as mulheres devem deixar de plantar cultivos de consumo doméstico para dar lugar às espécies comerciais. O governo, por intermédio do Departamento de Assuntos Ambientais, elabora uma política nacional para atender os efeitos da mudança climática, e para isso consultou, em maio, vários especialistas e organizações da sociedade civil.

O conteúdo do rascunho é confidencial, mas, segundo os especialistas consultados que receberam uma cópia, não contém a palavra “mulher” nem “gênero”, embora elas sejam a maioria dos pequenos agricultores e as mais vulneráveis às consequências da mudança climática. “Uma política efetiva deve começar e terminar com a gente, mas o documento ignora isto”, disse Dorah Lebelo, coordenadora da organização Gender CC-Women for Climate Justice. O Departamento de Assuntos Ambientais deve introduzir uma perspectiva de gênero no documento, insistiu. “Pouquíssimos atores sociais foram ouvidos em maio, o que não pode substituir entrevistas com as mulheres diretamente ligadas à situação”, afirmou Dorah.

A especialista também questiona o fato de a consulta ter ocorrido por e-mail. “O departamento assume que todos sabem ler e escrever. Assim, excluiu 24% dos adultos sul-africanos prejudicados pela mudança climática, em especial as mulheres”, destacou. A maioria das pequenas produtoras, que não têm computadores nem Internet, ficou fora do processo. Ao que parece, o governo apoiará soluções de adaptação à mudança climática de grande escala e concentradas no mercado, como energia nuclear e transgênicos. Nada que beneficie as mulheres. “A prioridade parece estar em mudanças tecnológicas, não na vida diária das pessoas”, lamentou.

“É preciso pressionar o governo para que incentive a participação comunitária, especialmente das mulheres, nos processos de decisão, planejamento e governança de assuntos vinculados à mudança climática”, acrescentou Dorah. “Precisamos de soluções centradas nas pessoas em contextos específicos, que sejam participativas e baseadas em conhecimentos locais. Por fim, queremos criar circunstâncias ambientais controladas pelas mulheres para que não fiquem em situação de dependência”, insistiu. Envolverde/IPS

(IPS/Envolverde)

14 julho, 2010

O nosso Planeta Terra

A Terra é o terceiro planeta, e 93.000 mil milhas (150,000,000 km). Partir do sol. É estimado em mais de 4,5 bilhões de anos.
O planeta gira uma vez a cada 23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos. Ele faz uma volta completa em torno do Sol a cada 365 dias, 6 horas, 9 minutos e 9,45 segundo. eixo da Terra está inclinada a um ângulo de 23.5.
A Terra tem uma superfície total de 196,800,00 quilômetros quadrados. Cerca de 57,300,00 quilômetros quadrados, ou 29% da superfície total é de terra. A água cobre cerca de 139.500 mil milhas quadradas, ou 71% da superfície total.
As maiores temperaturas na Terra chega a 136 ° F (58 ° C) com Al Asisiyah, Líbia. Temperaturas de - 128 ° F (-89 ° C), foram registrados na estação de Vostok, na Antártica.
A atmosfera é uma camada fina de gases do ar que envolve o planeta. Sua camada interna é chamada de troposfera e atinge apenas 11 quilômetros acima do nível do mar. Ele contém a maior parte do ar do planeta, que consiste de nitrogênio (78%) e oxigênio (21%). A estratosfera, ou camada exterior, estende-se 11-30 milhas acima do nível do mar e contém ozônio (O3). O ozônio filtra a maior parte da radiação solar ultravioleta.
Mais de 99% da atmosfera da terra é inferior a 50 milhas (80 km). Elevado. No entanto, as partículas da atmosfera são encontrados 1.000 milhas (1.600 km.) No espaço acima da superfície do planeta.

 
Nosso Sol
Nosso Sol é a fonte de energia para a vida. Energia solar impulsiona o clima e os sistemas climáticos do nosso planeta. O sol é uma imensa bola de hidrogênio (72%) e hélio (28%) dos gases. tremenda pressão e temperatura no seu núcleo funde os núcleos de hidrogênio e hélio liberando enormes quantidades de energia.
Essa energia viaja na velocidade da luz e atinge a Terra em pouco mais de 8 minutos. Terra recebe apenas cerca de um bilionésimo da energia do sol. Cerca de 34% da energia solar que atinge a troposfera é refletida de volta para o espaço pelas nuvens, poeira, produtos químicos. A maioria da energia chega a troposfera como luz visível, radiação infravermelha, e uma pequena quantidade de radiação que não foi absorvido pela estratosfera ultravioleta.
Esta radiação solar irrefletida é transformada em radiação infravermelha ou de calor. Heat-trapping gases como o vapor de água, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e ozônio afetam a velocidade com que esta radiação é devolvida para o espaço. Sem esses gases, conhecido como o efeito estufa natural, o calor ia de imediato para o espaço, tornando-se quase tão frio quanto Marte.

 
Formando vida na Terra
Os cientistas estudaram fósseis e feita a análise química das rochas para descobrir como a vida na Terra evoluiu para o seu sistema actual. Várias teorias foram sugeridas. É teorizado por alguns cientistas de que a vida se desenvolveu em duas fases ao longo de bilhões de anos.
Na primeira fase, as explosões de estrelas moribundas quebrado através de nossa galáxia e criaram nuvens em turbilhão de partículas de poeira e gases quentes. Esses trilhões de quilômetros estendida através do espaço. Tal como a nuvem de refrigeração, pedaços de matéria começou a agarrar uns aos outros. Mais de 4 bilhões de anos atrás a nuvem tinha formado em um disco achatado, girando lentamente. Nosso sol nasceu no centro deste disco. Mais longe no disco, Terra e outros planetas formados como pedaços de matéria foram tiradas em conjunto. Terra começou como uma massa fundida que não arrefecer durante milhões de anos. À medida que esfriava ele formou uma crosta fina e dura, sem atmosfera e oceanos.
A rocha derretida freqüentemente irrompeu através da crosta. O vapor de água foi liberado a partir da desagregação das rochas durante as erupções vulcânicas. Eventualmente a crosta arrefecido o suficiente para esse vapor para condensar e cair como chuva para formar os oceanos que cobriam a maior parte da Terra.
Na segunda fase, os cientistas recentemente a hipótese de que as bolhas flutuando no oceano antigo preso, contendo carbono, moléculas e substâncias químicas necessárias para a vida. Essas bolhas podem ter estalado e liberados estes produtos químicos para a atmosfera. Os compostos orgânicos formados e dissolvidos na atmosfera primitiva, coletando nas águas rasas da terra. Embora ninguém saiba como, as primeiras células vivas desenvolvido entre 3,6 e 3,8 bilhões de anos atrás. Com o tempo essas protocélulas desenvolvido em células com as propriedades que descrevem como a vida.
Estas bactérias unicelulares multiplicados as águas quentes e rasas por bilhões de anos. Aqui eles transformado e desenvolvido em uma variedade de protistas, fungos e, cerca de 600 milhões de anos atrás, as plantas e animais.
A vida não poderia desenvolver na terra já que não havia camada de ozônio para proteger início da vida da radiação ultravioleta prejudicial. Em seguida, cerca 2,3-2500000000 anos atrás bactérias fotossintetizantes surgiram. Essas células poderiam remover o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e, usando a luz solar, combiná-lo com água para fazer carboidratos. No processo, eles criaram o oxigênio (O2) e lançou-o no oceano. Alguns escaparam do oxigênio na atmosfera.
Nossa atmosfera foi criada em um período de 2 bilhões de anos. Algumas das oxigênio foi convertido em ozônio (O3), formado na baixa estratosfera e formas de vida protegido da radiação UV. Isso permitiu que as plantas verdes para viver mais perto da superfície do oceano, tornando mais fácil para escapar de oxigênio na atmosfera. Sobre a 400-500 anos atrás as primeiras plantas começaram a existir na terra. Ao longo dos milhões de anos após uma variedade de plantas e animais terrestres evoluíram.

 
Viver da Terra
A Terra é um planeta verdadeiramente notável. É o único planeta do nosso sistema solar que possui os componentes necessários para sustentar a vida como nós o reconhecemos. O planeta é apenas uma pequena parte do universo, mas é o lar de seres humanos e muitos outros organismos. Animais e plantas vivas em quase toda parte da superfície da Terra.
Estes organismos podem viver na Terra porque tem uma atmosfera. Os moderados atmosfera diurna e noturna variações de temperatura. A atmosfera filtra a energia radiante durante o dia, evitando que a superfície do superaquecimento. À noite, a atmosfera impede que a maior parte do calor radiante a partir de escape para o espaço, mantendo a superfície mais quente.
A maioria dos organismos - plantas e animais - também devem ter água para viver. Terra tem em abundância. Setenta e um por cento de sua superfície é coberta por água.
Vivendo as coisas ainda precisam de nitrogênio, oxigênio e dióxido de carbono. fina camada da atmosfera da Terra dispõe de todos esses elementos.
A atmosfera também as telas níveis letais de radiação ultravioleta do sol. A atmosfera, porém, não poderia existir se a Terra não estavam na distância exata é de sol. 
Fonte: http://www.blueplanetbiomes.org/planet.htm

10 julho, 2010

O resgate dos animais domésticos naturalizados


Geraldo Magela Côrtes Carvalho*

Os recursos genéticos de animais domésticos existem na forma de uma vasta quantidade de raças que se formaram a partir de adaptações aos diversos ecossistemas no decorrer dos séculos. A pressão de seleção imposta pelo clima, tipo de solo, altitude, disponibilidade de alimentos e água, doenças e parasitas endêmicos, técnicas de manejo, demandas de mercado e aspectos culturais e religiosos têm proporcionado o aparecimento de milhares de raças, tipos e linhagens, cada uma com suas particularidades genéticas, e adaptadas ao seu nicho ecológico específico.

O futuro do melhoramento e desenvolvimento da pecuária é dependente da variabilidade genética, que é o principal recurso natural disponível. Os requerimentos para as variações geneticamente controladas mudam constantemente com o passar do tempo e são imprevisíveis. São influenciados por mudanças ambientais e climáticas, por demandas de mercado, pelos efeitos de novas tecnologias de cruzamentos e técnicas de manipulação de DNA.

Os recursos genéticos disponíveis pelo mundo afora se encontram em um estágio de declínio dramático. O desenvolvimento da inseminação artificial e outras técnicas que facilitam o transporte de material genético de uma região geográfica para outra têm resultado em cruzamentos, absorção, e substituição de reservas genéticas locais pela diluição prolongada. Em muitos casos, esse fato vem ocorrendo sem a caracterização inicial ou avaliação de raças indígenas ou naturalizadas e sem esforço ou resistência alguma para conservar as linhagens locais.

Isso tem resultado no desaparecimento de um número substancial de populações locais, com a conseqüente perda de sua inerente adaptação genética ao seu ambiente particular. O aumento da perda da diversidade genética tem se evidenciado por muitos anos. Preocupações particulares tem surgido em respeito à velocidade com que raças que ainda não foram caracterizadas e nem avaliadas estão desaparecendo em várias regiões do mundo, principalmente em países que apresentam elevadas e rápidas taxas de desenvolvimento, onde pressões climáticas, doenças e parasitas produziram importantes raças geneticamente adaptadas.

A Embrapa Meio-Norte, por meio do projeto de preservação de animais domésticos naturalizados, tem como meta o resgate, a conservação e a avaliação de recursos genéticos caprinos (cabra Azul e Marota) e bovino (Pé-Duro) com rebanhos in situ em Teresina, Castelo do Piauí e São João do Piauí. Essas valiosas coleções genéticas poderão em um futuro próximo ser utilizadas em cruzamentos com raças especializadas e em cruzamentos industriais para produção de leite e carne no Semi-árido e Cerrado do Brasil, de países vizinhos e demais regiões similares da África e Ásia com o objetivo de se elevar a produção de alimentos nessas áreas.
*Pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Teresina,PI - geraldo@cpamn.embrapa.br
Fonte: http://www.embrapa.gov.br/embrapa/imprensa/artigos/2005/artigo.2005-12-29.1230705579

A água nossa de cada dia


  • Por Marco Antonio Ferreira Gomes
A água é o constituinte mais característico e peculiar do Planeta Terra. Ingrediente essencial à vida, a água é talvez o recurso mais precioso que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo afora tanta negligência e tanta falta de visão com relação a este recurso, é de se esperar que os seres humanos tenham pela água grande respeito, que procurem manter seus reservatórios naturais e salvaguardar sua pureza. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido, a menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos terrestres.

Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície (água subterrânea). Só uma fração muito pequena (cerca de 1%) de toda a água terrestre está diretamente disponível ao homem e aos outros organismos, sob a forma de lagos e rios, ou como umidade presente no solo, na atmosfera e como componente dos mais diversos organismos.

Por mais que seja de conhecimento geral que apenas 1% da água do planeta é de aproveitamento para consumo humano e de que este é um recurso fundamental para a existência e sobrevivência da raça humana, estamos longe de possuir um manejo adequado de nossas fontes de água doce.

Com o crescimento urbano, a expansão industrial e a demanda por energia hidrelétrica de um lado, e a poluição das águas superficiais e subterrâneas e as mudanças climáticas provocando severas secas de outro, fica cada vez mais difícil obter água limpa.

O setor agrícola também contribui e muito para a redução da disponibilidade do recurso, pois é responsável por 65% do consumo, em média, de água doce. Para se ter uma idéia, para produzir a quantidade de alimentos necessária a uma pessoa, por dia, são utilizados de 2 mil a 5 mil litros de água. Com uma população mundial estimada de 9 bilhões de habitantes para o ano de 2050, a agricultura terá um enorme desafio pela frente na busca de técnicas e procedimentos de manejo e uso racional e sustentável dos recursos hídricos.

A água no mundo

A quantidade de água doce no mundo está estimada em 34,6 milhões de km3 (ref. 1km3 corresponde a 1 trilhão de litros), porém somente cerca de 30,2% (10,5 milhões de km3 – água doce subterrânea, rios, lagos, pântanos, umidade do solo e vapor na atmosfera) podem ser utilizados para a vida vegetal e animal nas terras emersas. O restante, cerca de 69,8% (24,1 milhões de km3) encontra-se nas calotas polares, geleiras e solos gelados. Dos 10,5 milhões de km3 de água doce, aproximadamente 98,7% (10,34 milhões de km3) correspondem à parcela de água subterrânea, e apenas 0,9% (92,2 mil km3) corresponde ao volume de água doce superficial (rios e lagos) diretamente disponível para o consumo humano. Esse volume é suficiente para atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa, considerando a população atual de 6,4 bilhões de habitantes.

Se em escala global a água doce é suficiente para todos, sua distribuição é irregular no território. Os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais, que possuem 50% do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão 48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. Além disso, as demandas de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos.

O cenário de escassez se deve não apenas à irregularidade na distribuição da água e ao aumento das demandas - o que muitas vezes pode gerar conflitos de uso – mas também ao fato de que, nos últimos 50 anos, a degradação da qualidade da água aumentou em níveis alarmantes. Atualmente, grandes centros urbanos, industriais e áreas de desenvolvimento agrícola com grande uso de adubos químicos e agrotóxicos já enfrentam a falta de qualidade da água, o que pode gerar graves problemas de saúde pública.

Em termos percentuais, a distribuição relativa dos recursos hídricos no Planeta está definida da seguinte forma: 27% - América do Sul; 26% - Ásia; 17% - América do Norte; 15% - Europa; 9% - África; 4% - Oceania; 2% - América Central.
Segundo o relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no Mundo, atualmente 1,3 bilhão de pessoas não possui acesso à água potável e cerca de 40% da população mundial não dispõem de condições sanitárias básicas.

Para se ter uma idéia do agravamento de água disponível para consumo, existe uma estimativa da ONU de que no ano de 2025 os prováveis 8 bilhões de habitantes devem partilhar da mesma quantidade de água doce hoje disponível para cerca de 6,4 bilhões. Deste modo, as reservas em 2025 serão em média de 4.800 m3 por habitante/ano, contra 7.300 m3 disponíveis por habitante/ano em 2000 e, 16.800 m3 por habitante/ano em 1950. No Brasil este valor era de 34.000 m3 por habitante/ano em 2000 e não difere muito em relação a 2009, colocando-o como privilegiado em disponibilidade hídrica em comparação à média mundial.

A água no Brasil

O Brasil detém cerca 12% da reserva hídrica do Planeta, com disponibilidade de 182.633 m3/s, além de possuir os maiores recursos mundiais, tanto superficiais (Bacias hidrográficas do Amazonas e Paraná) quanto subterrâneos (Bacias Sedimentares do Paraná, Piauí, Maranhão). Todo esse potencial tem o reforço de chuvas abundantes em mais de 90 % do território, aliadas a formações geológicas que favoreceram a gênese de imensas reservas subterrâneas, como também possibilitaram a instalação de extensas redes de drenagem, gerando cursos d’água de grandes expressões.

Todavia, esse potencial hídrico é distribuído de forma irregular pelo país. A Amazônia, por exemplo, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água. Mesmo na área de incidência do Semi-Árido (10% do território brasileiro; quase metade dos estados do Nordeste) não existe uma região homogênea. Há diversos pontos onde a água é permanente, indicando que existem opções para solucionar problemas sócio-ambientais atribuídos à seca.

Qualidade
A água limpa está cada vez mais rara na região litorânea e a água potável cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental, sobretudo em relação ao recurso água.

Nas cidades, de um modo geral, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada – que atinge as áreas de mananciais. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos efluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado.

Na zona rural nota-se com freqüência que os recursos hídricos são também explorados de forma irregular, muitas vezes com retirada de água dos mananciais, em excesso, aliada à falta ou escassez de mata ciliar como também de cobertura vegetal nas nascentes, fundamental na proteção dos cursos d’água. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por alterar a qualidade da água.  Também se observa, não raramente, processos erosivos que contribuem para o assoreamento dos cursos d’água no ambiente rural.

Quantidade e Alternativas de Uso

A água disponível no território brasileiro é suficiente para as necessidades do país, apesar da degradação. Seria necessária, então, mais consciência por parte da população no uso da água e, por parte do governo, um maior cuidado com a questão do saneamento e abastecimento. Por exemplo, 90% das atividades modernas poderiam ser realizadas com água de reuso. Além de diminuir a pressão sobre a demanda, o custo dessa água é, pelo menos, 50% menor do que o preço da água fornecida pelas companhias de saneamento, pois não precisa passar por tratamento. Apesar desta água ser inadequada para consumo humano, poderia ser usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas públicas e nas descargas sanitárias de condomínios. Além disso, as novas construções – casas, prédios, complexos industriais – poderiam incorporar sistemas de aproveitamento da água da chuva, para os usos gerais que não o consumo humano. Sabe-se que tais procedimentos já vêm sendo adotados em diversos lugares, mas a regularização ou exigência em forma de lei ainda caminha a passos muito lentos.

Após a Rio-92, especialistas observaram que as diretrizes e propostas para a preservação da água não avançaram muito e redigiram a Carta das Águas Doces no Brasil. Entre os tópicos abordados, ressaltam a importância de reverter o quadro de poluição, planejar o uso de forma sustentável com base na Agenda 21 e investir na capacitação técnica em recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, além de viabilizar tecnologias apropriadas para as particularidades de cada região.

Considerações finais


A água por ser um bem precioso, essencial aos seres vivos e reconhecidamente de valor econômico, necessita de um manejo racional a partir de um processo de gestão sustentável, caso contrário, corre-se um sério risco de escassez, sem precedentes, de água de qualidade.

No Brasil a cultura predominante do desperdício de água se contrapõe aos programas e propostas de gestão sustentável dos recursos hídricos, apesar dos inúmeros apelos direcionados para este propósito.

Assim, diante desse cenário e considerando todas as abordagens ao longo deste artigo, fica evidente que a questão da água, principalmente no Brasil, está diretamente relacionada e dependente de dois aspectos básicos – a cultura do desperdício embasada na falsa premissa de que temos água em abundância e a ausência de uma política de governo, que discipline e controle, de forma mais enérgica, o consumo.

Tomando então como exemplo a expressão de cunho religioso “o pão nosso de cada dia” e aplicando-a ao contexto da água, ora em questão, tem-se “a água nossa de cada dia”, uma vez que, em essência, a água é um alimento tal qual o pão e que sem ela não há condições de sobrevivência no Planeta.

Fontes consultadas

BORGHETTI, N. R. B.; BORGHETTI, J. R.; ROSA FILHO, E. F da. Aquífero Guarani: a verdadeira integração dos países do Mercosul. Curitiba, 2004. 214p.

REBOUÇAS, A. C. Água no Brasil: abundância, desperdício e escassez. BAHIA ANÁLISE & DADOS, Salvador, v. 13, n. ESPECIAL, p. 341-345, 2003.

www.geologo.com.br/aguahisteria.asp

www.socioambiental.org/esp/agua/pgn/

www.eco21.com.br


Geólogo; D.Sc. em Solos, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente.
E-mail: gomes@cnpma.embrapa.br

Fonte:http://www.embrapa.gov.br/embrapa/imprensa/artigos/2009/a-agua-nossa-de-cada-dia

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