Pesquisa do Cempre traz números dos custos da Coleta Seletiva no país
Leia M
Apesar de ter aumentado o número de cidades que oferecem a coleta seletiva, na maioria delas, o serviço não cobre mais do que 10% dos munícipes. | ||||
Por Cempre Os dados revelam que permanece a concentração dos programas nas regiões Sudeste e Sul, com 86% do total. Na distribuição por região, os 443 municípios com coleta seletiva encontram-se assim distribuídos: 221 no Sudeste, 159 no Sul, 45 no Nordeste, 13 no Centro-Oeste e 5 no Norte. A ação das cooperativas Apesar de ter aumentado o número de cidades que oferecem a coleta seletiva, na maioria delas, o serviço não cobre mais do que 10% dos munícipes. Cerca de 22 milhões de brasileiros têm acesso a programas municipais de coleta seletiva, ou seja, 12% da população total. Esse número representa uma queda em relação às duas últimas edições da Ciclosoft – em 2006 e 2008, respectivamente, 25 milhões e 26 milhões de pessoas eram atendidas pelo sistema. A forma como a coleta seletiva é realizada também pode variar, sendo que muitos municípios conciliam mais de um método. A maior parte utiliza o esquema de porta em porta (78%), sendo crescente a participação das cooperativas de catadores (74%) no processo. Os Postos de Entrega Voluntária também são uma alternativa para a participação da população (44%). Em relação aos agentes executores da coleta seletiva é marcante a presença das cooperativas: mais da metade das prefeituras (62%) apóia ou mantém cooperados. Esse apoio pode abranger equipamentos, galpões de triagem, pagamento de gastos com água e energia elétrica, caminhões, projetos de capacitação ou auxílio na divulgação e educação ambiental. Em 52% das cidades, a coleta seletiva de resíduos sólidos é feita pela própria Prefeitura e em 26% dos casos são contratadas empresas particulares para executar a tarefa. Vale destacar que, em geral, os municípios contam com mais de um agente executor. Quanto ao custo para realização da coleta seletiva, chegou-se, neste levantamento, a uma média de US$ 204,00 (R$ 367,20 - para um câmbio de US$ 1,00 = R$ 1,80) por tonelada. Na coleta regular, o valor médio é de US$ 47,22 (cerca de R$ 85,00) por tonelada. Desde o início da coleta de dados da Ciclosoft, em 1994, esta é a menor diferença entre as duas formas (quatro vezes). Na composição do material coletado, as aparas de papel e papelão continuam sendo os recicláveis mais coletados (em peso), seguidos dos plásticos, vidros, metais e embalagens longa vida. "A porcentagem de rejeito ainda é grande e pode ser significativamente reduzida. Para isso, é necessário agir em diversas pontas, tanto na melhora do serviço de coleta como na conscientização da população para que o lixo seja corretamente separado", alerta André Vilhena, diretor do Cempre. Cempre/EcoAgência | ||||
ais...