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27 agosto, 2010

Petróleo do Golfo teria degradado pela ação de bactérias

26/08/2010 - 08h08
Por Fabiano Ávila, da CarbonoBrasil
O mistério do que teria acontecido com os milhões de barris que vazaram no Golfo do México pode ter chegado ao fim com um novo estudo publicado na Science que responsabiliza microrganismos pela degradação em tempo recorde.

Assim que o vazamento causado pela explosão da plataforma da BP no Golfo do México, a maior tragédia ambiental da história dos Estados Unidos, foi finalmente controlado começaram as perguntas do que teria acontecido com boa parte dos 4,1 milhões de barris que foram liberados no oceano e dos quais não se tinha mais vestígios.

Uma verdadeira guerra entre pesquisadores teve início, com estudos independentes contrariando os dados oficiais que alegavam que a maior parte do petróleo já havia sido recolhida, queimada ou degradada.

A Universidades da Geórgia chegou a divulgar um trabalho no qual afirma que  cerca de 75% do petróleo ainda está na área, mas submerso, e dessa forma segue sendo uma ameaça para o ecossistema.

Agora, um grupo do Laboratório Lawrence Berkeley, ligado ao Departamento de Energia do governo norte-americano, publicou um artigo na revista Science onde afirma que realmente existe uma enorme mancha de petróleo a cerca de 1000 metros de profundidade ocupando uma área de até 7km.

Porém, os pesquisadores descobriram uma grande quantidade de microrganismos se alimentando desse material, alguns até de espécies desconhecidas, e a velocidade de degradação está muito acima do que seria esperado.

“Nós descobrimos que a presença do petróleo em grandes profundidades alterou a comunidade de microrganismos e estimulou a proliferação de certos tipos de bactérias que são muito semelhantes às usadas justamente em trabalhos de limpeza de petróleo. A presença desses organismos é o principal responsável pela rápida degradação de todo o óleo que vazou”, afirmou Terry Hazen, ecologista do Laboratório Lawrence Berkeley.

O grupo identificou ainda uma nova espécie de microrganismo que consegue realizar a degradação do petróleo em grande velocidade. “Essa descoberta pode se revelar muito importante no desenvolvimento de novas técnicas de limpeza de vazamentos futuros”, comemorou Hazen.

Mas nem tudo são boas notícias, sob a pressão de ter que controlar o vazamento o mais rápido possível a BP utilizou quantidades recordes do dispersante COREXIT 9500 e a ação desse químico criou uma grande nuvem de partículas de petróleo que se espalhou por toda a região. O efeito dessa nuvem ainda é desconhecido.

Além disso, o COREXIT só foi estudado em situações na superfície dos oceanos e agora segue a dúvida de como essa quantidade massiva do dispersante vai se comportar em grandes profundidades e como irá afetar o ecossistema.

O vazamento da plataforma Deepwater Horizon foi um dos maiores e mais profundos desastres envolvendo petróleo na história da humanidade. Especialistas concordam que os números envolvidos na tragédia são todos gigantescos e os impactos verdadeiros para o ecossistema ainda podem estar longe de serem compreendidos.

Imagem: Pesquisadores do Laboratório Lawrence Berkeley coletaram mais de 200 amostras de 17 locais próximos ao vazamento / Lawrence Berkeley Laboratory

(Envolverde/CarbonoBrasil)

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